Instituído em Palmital no início deste ano, a concorrência por meio de pregão eletrônico está revolucionando os procedimentos na aquisição de bens e serviços pela Prefeitura. Até o final de 2005, o setor de licitações deverá realizar o seu 44.o pregão, totalizando mais de R$ 500 mil economizados em comparação à modalidade de “carta convite”, sistema utilizado anteriormente. Os recursos extras estão permitindo o recapeamento asfáltico de 75mil m2 de ruas da cidade, além de estar possibilitando a construção de um refeitório e nova cobertura no almoxarifado municipal. Na própria sede da municipalidade, forro, pintura e novo sistema de ar condicionado também estão sendo pagos pelas “sobras” do novo sistema. O pregão eletrônico nada mais é do que um leilão “ao contrário”, onde os representantes de empresas participantes disputam pelo menor preço, a chance de vender para a Prefeitura. Um equipamento de data show projeta os dados em um telão e o pregoeiro oficial organiza os lances, prevalecendo a melhor oferta pela qualidade exigida na compra de materiais ou na contratação de serviços. O sistema é bem diferente das antigas concorrências de cartas-convite, onde os participantes são convidados e a Prefeitura obrigada a comprar pelo menor preço apresentado em envelopes fechados, sem a opção de “pechinchar” um valor mais em conta, comprando em até 10% acima da cotação inicial. Por ser vulnerável ainda a fraudes e acertos entre participantes, a modalidade já foi praticamente extinta também nos governos estadual e federal. As recentes doações de ambulância e microônibus para Palmital pelo governo Alckmin, foram adquiridas através de pregão. Ao contrário das cartas convite, no pregão ninguém é convidado. As empresas interessadas mantêm rastreamento constante na internet atrás dos editais de licitação e enviam seus representantes espontaneamente para participar. “Toda a negociação é acompanhada passo a passo pelos participantes e o resultado, além da economia, é de uma transparência absoluta”, avalia o pregoeiro oficial da Prefeitura de Palmital, Murillo Samponi Jardim. “Mesmo com o preço final nas mãos ao final dos lances, podemos pedir mais redução ou ainda suspender a aquisição de itens que não atinjam índices satisfatórios”, avalia. Até o início de dezembro, R$ 510 mil já haviam sido contabilizados como economia, levando-se em consideração as cotações iniciais dos produtos a serem adquiridos. O melhor pregão do ano aconteceu na compra de uniformes escolares, onde a previsão de gastos caiu de R$ 165 mil para R$ 73 mil, 55,75% ou R$ 92 mil a menos no preço final (veja quadro). Medicamentos, material odontológico, alimentos, materiais de construção, escolar, informática e serviços de mão-de-obra também foram contratados através dos pregões. Empresas palmitalenses como Orofino Materiais de Construção, Varejão Real, FB Informática, Roberto Presentes Finos e a Associação dos Bananicultores já participaram de pregões na Prefeitura. Foto: Economia gerada pelos pregões está permitindo o recapeamento asfáltico de ruas da cidade